sexta-feira, 25 de novembro de 2016

IMAGEM DO DESERTO DO SAARA NO CONTINENTE AFRICANO



Desigualdade Social


Desigualdade Social no Brasil

A Desigualdade Social no Brasil é um problema que afeta grande parte dos brasileiros, embora nos últimos anos, as estatísticas apontem para sua diminuição. Resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-2011) na avaliação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), demonstram a diminuição da pobreza e consequentemente da desigualdade social no Brasil.

Causas e Consequências

Decorrente, essencialmente, da má distribuição de renda, as consequências da desigualdade social no Brasil são observadas na favelização, pobreza, miséria, desemprego, desnutrição, marginalização, violência. A despeito do Brasil estar entre osdez países do mundo com o PIB mais alto, é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e econômica do mundo. Estudiosos propõem soluções para o problema, dentre eles: aliar democracia com eficiência econômica e justiça social.

Segundo relatório de ONU (2010) as principais causas da desigualdade social são:
  • Falta de acesso à educação de qualidade
  • Política fiscal injusta
  • Baixos salários
  • Dificuldade de acesso aos serviços básicos: saúde, transporte público e saneamento básico
Coeficiente de Gini

Desenvolvido pelo demógrafo, estatístico e sociólogo italiano, Corrado Gini (1884-1965), no ano de 1912, o "Coeficiente ou Índice de Gini" mede as desigualdades de uma sociedade, por exemplo, de renda, de riqueza e de educação. No Brasil, em 2011 o índice de Gini, na área social, foi de 0,527 demonstrando o menor número desde 1960 (0,535). Na lógica do sistema de Gini, quanto mais próximo de zero, menor é a desigualdade.

Cadastro Único

Também conhecido por "CadÚnico", o "Cadastro Único para Programas Sociais" foi criado durante o governo do Fernando Henrique Cardoso, em 2001. O Cadastro é um instrumento responsável pela coleta de dados e informações a fim de identificar todas as famílias de baixa renda existentes no Brasil. Não obstante, objetiva a inclusão por meio de programas de assistência social e redistribuição de renda.

Plano Brasil Sem Miséria (BSM)

Plano Brasil Sem Miséria, criado em 2011, tem como principal objetivo desenhar o mapa de pobreza do Brasil. Para isso, o plano propõe o rompimento de barreiras sociais, políticas, econômicas e culturais que segregam pessoas e regiões; em outras palavras, objetiva, no campo e na cidade, identificar e inscrever as pessoas de baixa renda que, por algum motivo, não recebem auxílios, como por exemplo, o Bolsa Família.
No campo, onde está concentrada a maior parcela, ou seja, 47 % do público do plano, as estratégias para o meio rural, focadas na produção do agricultor são: Assistência Técnica, Fomento e Sementes, Programa Água para Todos, Acesso aos mercados (Programa de Aquisição de Alimentos - PAA) e Compra da Produção.
Por outro lado, na cidade, o foco está nas oportunidades de trabalho para os mais pobres. Dentre as estratégias propostas pelo Plano estão: Mapa de Oportunidades, Qualificação de Mão de Obra, Intermediação Pública de Mão de Obra, Ampliação da Política de Microcrédito e Incentivo à Economia Popular e Solidária.
Além disso, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), o Plano Brasil Sem Miséria (BSM), no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é responsável por coordenar a oferta de vagas dos cursos de formação inicial e continuada com ênfase na qualificação profissional. Para tanto, a meta do Plano Brasil Sem Miséria, prevê a capacitação de um milhão de pessoas inscritas no "Cadastro Único" até 2014.

Curiosidades
  • Segundo o Fórum Econômico Mundial (2013), a principal causa das manifestações ocorridas no Brasil em 2013 foi a desigualdade social.
  • No Brasil, estima-se que 16 milhões de pessoas ainda permanecem na pobreza extrema.
  • Nos últimos anos, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta e 36 milhões entraram na classe média.
  • Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as transferências do Programa Bolsa Família são responsáveis por 13% da redução da desigualdade.
  • Dentre os Programas Públicos Sociais do Brasil: Bolsa Família, Previdência Rural, Brasil Alfabetizado, Saúde da Família, Brasil Sorridente, Mais Educação, Rede Cegonha.
  • O Data Social é banco de dados e de indicadores que permite visualizar o panorama social, perfil econômico e estrutura demográfica de municípios e estados brasileiros.
  • A Identificação de Localidades e Famílias em Situação de Vulnerabilidade (IDV) é uma ferramenta de construção de mapas que apresenta dados, indicadores de pobreza, situações de vulnerabilidade, bem como grupos populacionais específicos ao nível de estados, municípios e setores censitários do Brasil.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Os estudos de Geografia Humana do Brasil preocupam-se em analisar os elementos demográficos, econômicos, urbanos, rurais, culturais, políticos e sociais do espaço geográfico brasileiro. Dessa forma, tantos os elementos que estão intrinsecamente ligados à constituição do território nacional quanto os aspectos de inter-relação entre o Brasil e o mundo são analisados.
Em seus aspectos humanos, o Brasil possui uma ampla diversidade, que se manifesta em elementos como a disposição étnica, os níveis produtivos, as variações culturais e religiosas, entre outros inúmeros aspectos. Portanto, conhecer mais sobre o espaço brasileiro é ampliar o conhecimento sobre essa variedade de inter-relações que constroem a identidade e a visão geral do país.
Economicamente, o Brasil apresenta uma estrutura sólida, com o sétimo maior PIB do mundo, mas que precisa avançar em relação ao combate à desigualdade de renda e à miséria e à pobreza, muito embora o país tenha apresentado melhorias nesse campo ao longo das últimas décadas. Apesar do forte peso da produção agrícola, o espaço brasileiro é bastante industrializado, com uma concentração do setor secundário na região Sudeste, embora haja um processo de desconcentração industrial em curso.
A demografia do Brasil apresenta um elevado quantitativo populacional, o suficiente para ultrapassar a marca de 200 milhões de habitantes. Por outro lado, a densidade demográfica é baixa e a população é má distribuída pelo território. Enquanto a região Sudeste apresenta a maior parte da população, a região Norte comporta verdadeiros “vazios demográficos”.
A rede de transporte brasileira é basicamente construída em torno das rodovias, que atendem a mais de 60% do transporte de cargas no país e são seguidas pelas ferrovias e hidrovias, muito embora os dois últimos tipos citados sejam mais recomendados em um país como o Brasil, com elevada extensão territorial e com grande quantidade de rios navegáveis.
A produção agrícola nacional, ao longo da história, sempre esteve pautada nas grandes monoculturas: inicialmente predominou a cana-de-açúcar, principal produto da economia canavieira colonial; no século XIX a produção de café conheceu o seu auge; ao longo do século XX foi a vez da soja e, atualmente, há um crescimento da cana-de-açúcar ao lado da própria soja. Apesar disso, a produção agropecuária brasileira é considerada de elevada diversificação em seu período atual.
Na presente seção de Geografia Humana do Brasil, você poderá aprofundar os seus estudos sobre o espaço geográfico brasileiro, conhecendo melhor os seus elementos econômicos, culturais, estruturais, sociais e demográficos. Esperamos auxiliar nos estudos sobre os diversos elementos que configuram a diversidade do território nacional.
Boa leitura!